MILHO: maior oferta pressiona preços

Ollevantamento da Scot Consultoria, em Campinas (SP), mostra que o preço médio da saca de milho caiu 7,6% até meados abril em relação à média de março, negociada por R$ 81. A exportação está firme. Até a segunda semana de abril foram exportadas 351 mil toneladas. A média diária cresceu 7,4% ante a média de abril de 2022. Mas as expectativas de maior oferta e maior produtividade para a safra de verão, apesar da quebra no Rio Grande do Sul, pressionaram as cotações. A Conab, em abril, elevou a estimativa de produção para a primeira safra, puxada pela expectativa de maior produtividade no Paraná e em São Paulo. A produção foi ajustada para 27,2 milhões de toneladas, em comparação aos 26,7 milhões de toneladas em março. A colheita da safra de verão atingiu 51,2% da área prevista (8/2), atraso de 5,5 pontos percentuais em relação a 2021/2022. No Paraná e em Santa Catarina, importantes produtores para a safra de verão, a colheita está atrasada. Apesar disso, a produtividade das lavouras está boa e a perspectiva é de aumento na produção. Para a segunda safra, a produção está estimada em 95,3 milhões de toneladas, queda em relação aos 95,6 milhões de toneladas estimadas em março. A semeadura fora da janela ideal em algumas regiões pesou na revisão da expectativa. Até 8 de abril, 98,9% da semeadura havia sido concretizada. A semeadura de milho nos Estados Unidos começou e garanhará força entre abril e maio. Até meados de abril (16/4), a semeadura estava em 8% da área projetada, 3 pontos percentuais maior que o andamento nos últimos cinco anos. Em curto e médio prazo (primeiro semestre), os preços do milho devem ficar relativamente frouxos.