MÃOS À OBRA

INÍCIO_ Saber se o objetivo do sistema de criação é para engorda e abate ou produção de leite, de lã ou de reprodutores e matrizes é importante para definir raça, idade, sexo, peso, entre outros aspectos, e aptidão dos ovinos para aquisição, além de conhecer o mercado, participar de associações, cooperativas ou grupos de produtores. Dê preferência para animais jovens, desmamados e em idade reprodutiva, sendo macho ou fêmea a partir de oito meses até dois anos de vida. Uma avaliação dos ovinos, com inspeção e palpação dos exemplares, é considerada fundamental para assegurar a qualidade das matrizes. AMBIENTE_ Evite áreas com solos sujeitos a encharcamento, para proteção dos cascos e diminuição de riscos de verminose. Nos pastos, garanta a presença de árvores, para contar com sombras e barreiras contra ventos. ESTRUTURA_ Para animais criados a pasto, a área necessária deve ser definida de acordo com a produção de forragem por hectare ao longo do ano e a demanda anual de alimentos por ovino. Para o sistema de confinamento, no qual é fornecida no cocho a alimentação, como ração e volumoso, a recomendação é de área de 1 metro quadrado para animais jovens na fase de engorda, 2 metros quadrados para ovelhas adultas e até 4 metros quadrados para reprodutores. Os currais, ou apriscos, precisam ter chão batido e ser ventilados. Em regiões com temperatura baixa, opte por cortinas para barrar o frio. É bom contar com orientações técnicas no planejamento e na implantação da atividade. ALIMENTAÇÃO_ Por serem animais ruminantes, a base da nutrição dos ovinos são plantas forrageiras, principalmente gramíneas, como capins, além de leguminosas e cactáceas. Podem se alimentar por meio do pastejo ou de silagem, feno ou capim cortado verde e fornecido em cocho instalado em local de fácil acesso e coberto. De complemento, forneça concentrados de milho, sorgo, farelo de soja, de algodão, de girassol e de trigo e minerais, como ferro, cobre e cobalto. CUIDADOS_ Atenção para medidas sanitárias preventivas, que incluem vacinação contra as clostridioses (enterotoxemia, endema maligno, tétano e botulismo), para controle de verminose e eimeriose e de linfadenite caseosa (“mal do caroço”) e para prevenção de doenças nos cascos, com uso de pedilúvios e de casqueamento. No nascimento dos cordeiros, monitore a ingestão de colostro e realize a “cura do umbigo” com iodo a 10% ou solução semelhante, para evitar infecções e o desenvolvimento de larvas de moscas. Em raças lanadas, faça a tosquia anual (esquila) entre novembro e dezembro. REPRODUÇÃO_ A ovina jovem (borrega) está pronta para procriar a partir dos cinco meses de idade. O primeiro acasalamento só deve ocorre quando atingir 70% do peso de uma ovelha adulta. O cio (estro) das ovelhas tem intervalo médio de 17 dias e a gestação dura cerca de 150 dias. O macho está apto para a monta próximo de um ano de vida.