Revista Globo Rural

ANÁLISE

Segundo levantamento da Scot Consultoria, o preço do milho em Campinas (SP) caiu em fevereiro, com a saca negociada, em média, por R$ 86,95. Com a colheita da primeira safra, apesar da expectativa de quebra de produção, a oferta aumentou e a cotação caiu.

Mas essa queda deverá ser contida, em função do baixo estoque de passagem da safra 2021/2022 (7,9 milhões de toneladas), o menor patamar desde 2016/2017; da exportação firme (até a primeira quinzena de fevereiro, 7,43 milhões de toneladas haviam sido embarcadas, superando o desempenho do primeiro semestre de 2022); e do atraso na semeadura da segunda safra em importantes regiões produtoras, o que poderá diminuir a produção nacional.

Em fevereiro, caiu a estimativa de estoque final global na safra 2022/2023, estimado em 295,3 milhões de toneladas. Em janeiro, a estimativa era de 296,42 milhões (USDA). A estimativa vigente é de 11 milhões de toneladas menor que o estoque estimado na safra anterior, cujo número era de 306,3 milhões.

Com relação à colheita da safra de verão, até 11 de fevereiro, 11% das lavouras haviam sido colhidas, 6,5 pontos percentuais abaixo da média da última safra (Conab).

Para a primeira safra de milho, a Conab reduziu em fevereiro a estimativa de produção, ajustada para 26,5 milhões de toneladas. Em outubro de 2022, a expectativa era de 28,6 milhões de toneladas.

Para a segunda safra, a produção está estimada em 94,9 milhões de toneladas, redução frente aos 96,2 milhões de toneladas estimadas em janeiro. No total (1a, 2a e 3a safras), estão sendo aguardadas 123,7 milhões de toneladas. A semeadura da segunda safra está atrasada em relação à 2021/2022. O excesso de chuva em MT, principal produtor, está atrapalhando a colheita de soja e, por consequência, a semeadura de milho.

SUMÁRIO

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2023-03-06T08:00:00.0000000Z

2023-03-06T08:00:00.0000000Z

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