Revista Globo Rural

DEFENS∣VOS

AUMENTO DA OFERTA PELOS PRINCIPAIS FORNECEDORES MUNDIAIS DE DEFENSIVOS DEVE SE REFLETIR EM TENDÊNCIA DE QUEDA DE PREÇOS DAS MOLÉCULAS

por ELIANE SILVA

Dependente de importações, o Brasil compra de China, Índia, Estados Unidos e Europa pelo menos 70% dos defensivos que usa nas lavouras. No começo de 2022, assim como ocorreu com os fertilizantes, houve um aumento significativo de preços desses produtos, especialmente os genéricos.

Mesmo com a subida de preços, não houve redução de importação, porque cooperativas e distribuidoras adiantaram as compras de defensivos, por medo de faltar produtos, e fizeram seus estoques. No caso do glifosato, por exemplo, segundo dados do Rabobank, chegaram aos portos brasileiros até outubro do ano passado 133 mil toneladas do produto, ante 97 mil toneladas da média dos últimos cinco anos. Mas chegaram com um custo bem maior: US$ 10.300 a tonelada, contra a média de cinco anos de US$ 3.800.

Para 2023, os analistas do banco holandês estimam que deve haver uma retomada da produção nos principais países produtores, o que deve refletir numa tendência de queda de preços das moléculas.

Rafael Soares, analista do setor de defensivos químicos e biológicos da consultoria Yeb Inteligência de Mercado, concorda que os preços devem cair porque a China voltou a produzir mais nos últimos meses de 2022 e a demanda internacional ficou mais fraca. A tendência, diz ele, é de redução de compras e as empresas que têm estoque do ano passado podem ter dificuldades para vender os produtos se não reduzirem bem suas margens.

SUMÁRIO

pt-br

2023-01-31T08:00:00.0000000Z

2023-01-31T08:00:00.0000000Z

https://revistagloborural.pressreader.com/article/282432763296484

Infoglobo Conumicacao e Participacoes S.A.