Revista Globo Rural

RAÇÃO

OS PREÇOS DAS RAÇÕES DEVEM SE MANTER ESTÁVEIS EM 2023, GRAÇAS AO AUMENTO DA PRODUÇÃO DE MILHO E SOJA, PRINCIPAIS MATÉRIAS-PRIMAS DA ALIMENTAÇÃO ANIMAL

por VENILSON FERREIRA

DEPOIS DE DOIS ANOS DE PRESSÃO nos custos de produção, devido à alta das cotações do milho, provocada pela quebra de safra em 2021 e pelo aumento das exportações do cereal em 2022, as perspectivas para 2023 são de estabilidade nos preços das rações, que ainda devem se manter em patamares elevados.

Caio Augusto Monteiro, analista do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), diz que a tendência é de queda no preço da ração a partir da colheita da segunda safra de milho, que neste ano está sendo plantada dentro da janela ideal, na sequência da colheita de soja.

Ele observa que, mesmo assim, os custos da alimentação dos rebanhos deve ser manter elevado em relação à média das safra anteriores e alerta que pode haver surpresas se houver uma grande exportação de milho. “Mas a disponibilidade interna tende a ser satisfatória para evitar aumentos de preços mais expressivos do que ocorreram nos últimos dois anos.”

No caso dos demais segmentos da pecuária de corte – recria, engorda e terminação –, os dados preliminares do Cepea apontam uma alta da 4% a 5%, por causa da alta dos preços dos grãos. Para a pecuária leiteira, a estimativa é de alta de 2% no custo da ração, bem abaixo do aumento de 13,5% registrado em 2021, quando houve quebra da safra de milho. Ele calcula que o concentrado deve comprometer 35% da receita da venda do leite este ano em algumas regiões para sistemas mais tecnificados.

SUMÁRIO

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2023-01-31T08:00:00.0000000Z

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