Revista Globo Rural

TEMPO

Com o enfraquecimento do La Niña e o Oceano Atlântico próximo à costa sul da América do Sul mais aquecido do que o normal, os sistemas meteorológicos vão continuar atuantes sobre o centro-sul do Brasil, atraindo umidade e favorecendo chuvas mais expressivas nessa área.

Sul_

As chuvas devem se tornar mais generalizadas e frequentes durante fevereiro, inclusive beneficiando as áreas mais secas do Rio Grande do Sul. Ainda assim, nem todas as regiões devem receber volumes expressivos de água e entre o sul e o oeste gaúchos as chuvas devem ser insuficientes para cessar a estiagem. Os maiores volumes devem continuar atingindo Santa Catarina e Paraná, onde o excesso de umidade pode impactar a colheita dos cultivos de verão.

Sudeste_

As instabilidades, que estarão mais atuantes sobre o centro-sul do país, devem provocar volumes de chuva acima da média entre São Paulo, sul e Triângulo Mineiro e Rio de Janeiro. Em alguns momentos, o excesso de chuva pode impactar as atividades de colheita. Enquanto isso, o Cerrado, a metade norte de Minas Gerais e Espírito Santo devem ter precipitações entre a média ou ligeiramente abaixo da média para o mês.

Centro-Oeste_

As chuvas devem ser mais volumosas do que o normal em Mato Grosso do Sul, sul de Goiás, sul e oeste de Mato Grosso, onde não se descarta a ocorrência de invernada em meados do mês, que pode paralisar momentaneamente as atividades no campo. Já em grande parte do interior de Goiás e no leste de Mato Grosso, são esperadas chuvas irregulares e abaixo da média.

Norte_

A Zona de Convergência Intertropical estará bastante atuante e deve provocar chuvas expressivas entre Maranhão e Piauí. No norte dos dois estados, há risco para transtornos devido ao excesso de chuvas. As precipitações devem ser mais volumosas do que o normal sobre grande parte da região, exceto sobre a metade sul da Bahia.

Nordeste_

Fevereiro será bastante chuvoso, acima do normal, o que pode impactar as atividades no campo, como a colheita dos cultivos de verão, e provocar problemas em estradas para o escoamento de grãos. Os maiores volumes de precipitação estão previstos sobre o centro e o norte do Pará, no leste do Amazonas e no Amapá.

Mundo

ARGENTINA_ O plantio dos cultivos de verão foi bastante impactado com a estiagem prolongada ocasionada pelo La Niña. Com o término da janela de plantio para a soja sobre a região agrícola central, cerca de 500 mil hectares ficaram de fora do ciclo atual e por isso a bolsa de cerais argentina reajustou a estimativa de plantio para 16,2 milhões de hectares.. Da área de milho, 200 mil hectares que eram destinados ao plantio tardio não puderam ser semeados por causa da falta de umidade. Para curto e médio prazos, não há previsão para regularização das chuvas. Entre janeiro e fevereiro estão previstos episódios de chuva, que podem trazer alívio, sem reverter a situação da soja e do milho, que devem ter a produtividade impactada pelos efeitos da estiagem.

ESTADOS UNIDOS_ Depois das fortes tempestades e da onda intensa de frio, que provocou temperaturas de 0 °C até mesmo em áreas de citros e cana-de-açúcar do sul, o começo de 2023 está sendo marcado por frequentes tempestades sobre o oeste do país. Os altos volumes de precipitação, acompanhados por ventos fortes, têm provocado transtornos como inundações e interrupções de energia, por outro lado, porém, têm aliviado a seca prolongada que vinha atingindo a região da Califórnia.

SUMÁRIO

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2023-01-31T08:00:00.0000000Z

2023-01-31T08:00:00.0000000Z

https://revistagloborural.pressreader.com/article/282346863950564

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