Revista Globo Rural

TENDÊNCIA

SOU GRATO À GLOBO RURAL POR TER ME OFERECIDO HÁ 13 ANOS TÃO NOBRE ESPAÇO E LIBERDADE PARA EXPRESSAR OPINIÕES E PREOCUPAÇÕES, QUANDO EXISTIRAM

Caríssimo leitor, nos últimos 13 anos tenho escrito mensalmente artigos nesta prestigiosa revista. Antes disso, já havia publicado aqui vários textos esparsos, mas, de 2010 em diante, não “pulei” nenhum mês. Foram aproximadamente uns 150 artigos. Ao longo de todo esse tempo, desde novembro de 2006, tive também o privilégio de coordenar o FGVAgro - Centro de Agronegócio da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas.

E agora decidi encerrar este produtivo e feliz ciclo de minha vida. Desde 31 de dezembro passado deixei a coordenação do FGVAgro, na qual serei substituído por Guilherme Bastos, um excelente profissional que já prestou grandes serviços ao agronegócio brasileiro, seja na academia, seja no setor privado, seja no setor público, no qual, mais recentemente, foi presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, no exitoso mandato da ex-ministra Tereza Cristina.

Na mesma onda de “final de ciclo”, penso ter chegada a hora de me despedir de você, caro leitor, e encerrar o prazeroso labor de escrever aqui sobre o setor agro, que tanto amamos e ao qual tanto devemos. Como em toda despedida de alguém que queremos bem, há uma certa tristeza nessa. Mas como não é uma separação, é apenas um até logo, mais fortes que a tristeza estão a gratidão pela sua atenção durante tanto tempo e a alegria de termos “viajado” juntos pela estrada nem sempre tranquila da economia rural. Sou também profundamente grato à revista por ter me oferecido tão nobre espaço e liberdade para expressar opiniões e preocupações, quando existiram. Muito obrigado, caro leitor! Muito obrigado, GLOBO RURAL!

Muita coisa vivi nos últimos 25 anos, dos quais esses 13 foram um núcleo central.

Ao longo deles, fui presidente da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), do Cosag (Conselho Superior do Agronegócio) da Fiesp (que instalei), do Conselho Consultivo da Unica, do LIDE Agronegócio, da Agrishow, da Esalq-Show, e hoje presido a Academia Brasileira de Ciência Agronômica. Fui membro de conselhos de administração e consultivo de dezenas de instituições, de classistas a acadêmicas ou empresariais. E sigo ainda nessas funções.

Fui professor de cooperativismo no Departamento de Economia Rural da Unesp, campus de Jaboticabal, da qual me aposentei em 2012, ao completar 70 anos. Fui o primeiro titular da Cátedra de Agronegócio Luiz de Queiroz da USP e também da Cátedra de Agronegócio do IICA (Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola, da OEA), e embaixador da FAO para as cooperativas.

Fui ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de janeiro de 2003 a julho de 2006, quando tive a oportunidade de construir, com a parceria da Frente Parlamentar da Agropecuária, alguns instrumentos essenciais para o setor rural, como o Seguro Rural, a Lei de Biossegurança, o biodiesel, os Títulos do Agronegocio, lancei o ILPF, criei os Adidos Agrícolas e o Centro de Agroenergia da Embrapa, reformei o Mapa, e muito mais, tudo com uma equipe de alta qualidade e contando com o excepcional corpo técnico do ministério.

É isso aí, caro leitor. Mais uma vez, muito obrigado! Desejo-lhe uma longa vida, com saúde, paz, harmonia, sucesso e felicidade. Até à vista!

Roberto Rodrigues é coordenador do Centro de Agronegócio da

FGV e presidente da Academia Brasileira de Ciência Agronômica

SUMÁRIO

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2023-01-31T08:00:00.0000000Z

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