Revista Globo Rural

FERT∣L∣ZANTES

APÓS DISPARADA NA COTAÇÃO DAS MATÉRIAS-PRIMAS EM 2022, POR CAUSA DA GUERRA NA UCRÂNIA, EXPECTATIVA É DE MENOR PRESSÃO SOBRE OS CUSTOS DE PRODUÇÃO

por RAPHAEL SALOMÃO

Os preços de fertilizantes devem ter uma acomodação, pelo menos no primeiro trimestre de 2023. A expectativa é de cotações em patamares menos elevados dos principais nutrientes, depois das fortes altas observadas no ano passado. Segundo o Rabobank, em janeiro de 2021 o cloreto de potássio custava, em média, US$ 263 por tonelada. Em janeiro de 2022, a cotação estava em US$ 796, passando para US$ 1.184 em abril. Em dezembro de 2022, caiu para US$ 520 a tonelada.

A ureia, em janeiro de 2021, valia, em média, US$ 344 a tonelada. Em janeiro de 2022, estava em US$ 693; em abril, US$ 863; e em dezembro do ano passado, caiu para US$ 490.

“Os preços não devem voltar ao ‘normal’, porque ainda estamos em um cenário de guerra entre Rússia e Ucrânia. Mas é um cenário que não vai ser tão complicado quanto a gente observou em 2022”, resume o analista do Rabobank, Bruno Fonseca.

Fonseca lembra que os produtores com níveis maiores de adubação em safras anteriores usaram menos fertilizante. Mas houve quem manteve os volumes aplicados e também quem buscou opções como produtos biológicos para garantir a nutrição do solo e conseguir boa produtividade.

Com os preços mais elevados, o adubo pesou mais no custo de produção. Em Mato Grosso, a despesa do produtor com o insumo na safra 2022/2023 aumentou 111,8%, para R$ 2.417,29 por hectare.

SUMÁRIO

pt-br

2023-01-31T08:00:00.0000000Z

2023-01-31T08:00:00.0000000Z

https://revistagloborural.pressreader.com/article/281840057809636

Infoglobo Conumicacao e Participacoes S.A.