SOJA: preços oscilam ao sabor do câmbio

No mercado brasileiro, as cotações da soja em grão acompanharam o sobe e desce do dólar em julho e nos primeiros dias de agosto. Em meados de agosto, o câmbio firmando em patamares mais altos deu sustentação aos preços da soja no país.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, no Porto de Paranaguá (PR), a saca de 60 quilos foi cotada em R$ 176, alta de 4,8% até 18 de agosto em relação a julho. No curto e médio prazos, se o dólar seguir em alta, a expectativa é de preços sustentados no mercado brasileiro, com estoques internos reduzidos, boa demanda doméstica e para exportação.

Outro ponto de atenção é a revisão para baixo nas expectativas de produção nos EUA. No relatório de agosto do USDA, foram previstos 118,08 milhões de toneladas na safra atual (2021/2022) – foram 119,88 milhões de toneladas estimadas anteriormente.

Em meados de setembro e outubro, o clima no Brasil passará a ter importância, em função do início do plantio e das previsões de produção. As estimativas são de volumes abaixo da média histórica em importantes regiões produtoras.

Ou seja, se a chuva atrasar, o cenário será de preços firmes, mas é preciso considerar a previsão de aumento de área, a depender do clima.

Outro ponto importante é que, em meados de outubro, tem início a colheita nos Estados Unidos (safra 2021/2022), o que sazonalmente tende a pressionar para baixo as cotações no mercado mundial.

RAFAEL RIBEIRO, ZOOTECNISTA: MILHO, SOJA; SOPHIA HONIGMANN, MÉDICA-VETERINÁRIA: ARROZ E LEITE; RAPHAEL POIANI, ZOOTECNISTA: ALGODÃO; FELIPE FABBRI, ZOOTECNISTA: ETANOL, CAFÉ, SUÍNO E FRANGO; THAYNÁ DRUGOWICK, ZOOTECNISTA: BOI GORDO COORDENAÇÃO: ALCIDES TORRES, ENGENHEIRO AGRÔNOMO, E SOPHIA HONIGMANN, SCOTCONSULTORIA.COM.BR, TEL. (17) 3343-5111